Eugène Green e a epistemologia renascentista

Autores/as

  • Pedro de Andrade Lima Faissol Universidade de São Paulo Brasil

Resumen

Esse artigo tem por objetivo mostrar que o cinema de Eugène Green estabelece com o seu espectador um pacto significante semelhante ao que o homem renascentista mantinha com a natureza. Tal como se dava na episteme renascentista, o sistema de signos operado por Green é acrescido de um elemento mediador que funciona como vértice de uma relação epistemológica triangular. Ao invés de substituírem um referente implícito na cena, esses signos especiais sinalizam para uma relação exterior entre dois outros elementos: o sujeito e o objeto do conhecimento. A esses corpos inanimados e luminosos chamaremos de “sinais”. Caberá ao espectador desvendá-los, empenhando-se ativamente em sua decifração. Analisaremos algumas cenas de Todas as Noites (2001) para comprovarmos a hipótese levantada. Ao final do artigo, traçaremos também um paralelo com a fotografia, buscando no específico fotográfico barthesiano as bases empregadas por Green para dar uma forma visual aos supracitados “sinais”.

Palavras chave: Eugène Green, mise en scène, epistemologia, renascimento, sinais.

Abstract: This article posits that Eugène Green’s film sets out to establish a pact with its audience similar to the one established with nature in the Renaissance. As in the episteme of the Renaissance, in Green’s films the system of signs is mediated by an element that works like the vertex of a triangular epistemological relationship: instead of replacing a reference in the scene, these special signs signal to an external relationship between the subject and the object of knowledge. This inanimate and luminous body is defined as a "sign". It is up to the viewer to unveil them, and to actively engage in their decryption. After analyzing selected scenes from Every Night (2001) we trace a parallel with photography by citing Barthes as the foundation used by Green to create the visual form we have defined as a "sign".

Key words: Eugène Green, mise en scène, epistemology, renaissance, signs.

Fecha de recepción: 10 de enero de 2016

Fecha de aceptación: 21 de abril de 2016

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Biografía del autor/a

Pedro de Andrade Lima Faissol, Universidade de São Paulo Brasil

Doutorando e mestre em “Meios e Processos Audiovisuais” pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), e graduado em Comunicação Social (habilitação Cinema) pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Atualmente, vem desenvolvendo uma pesquisa de doutorado intitulada “A Representação do Milagre no Cinema”. E-mail: pedrofaissol@gmail.com

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Publicado

12-12-2021

Cómo citar

de Andrade Lima Faissol, P. (2021). Eugène Green e a epistemologia renascentista. Imagofagia, (13). Recuperado a partir de https://asaeca.org/imagofagia/index.php/imagofagia/article/view/367
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